Pernambuco atingiu a marca de 896.215 casos
confirmados do novo coronavírus. Desde março de 2020, o estado acumulou 21.400
mortes. Nesta quarta (30), diante da redução dos registros, o governo decretou
estado de emergência em saúde pública. Isso significa uma situação menos grave
do que o estado de calamidade pública, em vigor desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com o estado, a Nota Técnica
nº 12/2022, da Secretaria Estadual de Saúde, “reconhece que o cenário presente
da Covid-19 em Pernambuco não justifica a renovação do atual estado de
calamidade pública, em vigor até 31 de março de 2022”.
No entanto, esse documento recomenda a
decretação do “estado de emergência em saúde pública”, a fim de permitir, “sem
solução de continuidade”, a transição segura para a “situação de normalidade”.
O estado também determina a “permanência dos
mecanismos de vigilância e resposta necessários à gestão operacional e
estratégica das ações de combate à pandemia.”
Publicado no Diário Oficial desta quarta, o
decreto Nº 52.505, de 29 de março, informa que o estado de emergência em saúde
pública foi declarado por causa “da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus, desastre de natureza biológica,
causado por epidemia de doenças infecciosas virais.”
O decreto entra em vigor na sexta (1º) e vai
durar três meses. De acordo com o governo, “os órgãos e entidades da
administração pública continuarão a adotar todas as medidas necessárias ao
enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente da Covid-19”.
A publicação do Diário Oficial afirma, ainda,
que o prazo de vigência do decreto poderá ser ampliado, “caso as circunstâncias
que ensejaram sua edição se mantiverem”.
Para publicar o decreto, o governo afirmou
ter levado em consideração a manutenção pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
da classificação da Pandemia de Covid-19 como “emergência de saúde pública de
Importância Internacional, com fundamento no Regulamento Sanitário
Internacional”.
O estado alega, ainda, “o impacto que este
evento ainda mantém no cenário sanitário global, exigindo-se de forma contínua
e articulada as ações e respostas necessárias para interromper a propagação do
vírus e reduzir as consequências da doença”.
O governo também aponta que há “lacunas de
vacinação entre países”, e que 36% da população mundial e 85,9% das pessoas em
países de baixa renda “ainda não receberam nenhuma dose da vacina”, o que
possibilita o surgimento de novas variantes.
Boletim
O governo de Pernambuco confirmou, nesta
quarta (30), mais 1.753 casos de Covid-19. Entre os casos confirmados nesta
quarta, 40, ou 2%, são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.713
(98%) são leves.
De todos os casos registrados até esta
quarta, 58.304 são graves e 837.911 são leves, segundo o governo.
Os casos do novo coronavírus estão
distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de
Fernando de Noronha.
Mortes
O boletim também confirmou 14 óbitos. Eles
ocorreram entre os dias 19 de maio de 2021 e 28 de março de 2022. Foram oito
óbitos de homens e seis de mulheres.
Essas pessoas moravam em Brejo da Madre de
Deus (1), Garanhuns (2), Lajedo (2), Recife (4), Ribeirão (1), São Caitano (3)
e São José do Belmonte (1).
Os pacientes tinham entre 34 e 84 anos. As
faixas etárias são: 30 a 39 (1), 50 a 59 (2), 60 a 69 (1), 70 a 79 (7) e 80 e
mais (3). Do total, oito pacientes tinham doenças preexistentes: diabetes (6),
doença cardiovascular (5), doença renal (1), doença neurológica (1), doença
respiratória (1) e hipertensão (1).
Um paciente pode ter mais de uma comorbidade.
Os demais seguem em investigação.
Vacinação
Desde 18 de janeiro de 2021, o estado aplicou
17.977.743 doses de vacinas contra a Covid.
Com relação às primeiras doses, foram
8.082.302 aplicações. A cobertura chegou a 91,07% do público elegível.
Do total, 6.959.238 pernambucanos, ou 78,42%
do público elegível, completaram seus esquemas vacinais.
Foram 6.786.112 pessoas vacinadas com
imunizantes aplicados em duas doses e outras 173.126 contempladas com vacina
aplicada em dose única.
Em relação às primeiras doses de reforço,
foram aplicadas 2.932.779 unidades. A cobertura chegou a 44,40% do público
elegível.
Também já foram aplicadas 3.424 segundas
doses de reforço. A cobertura chegou a 0,5% do público elegível.
Leitos
Nesta quarta, a taxa global de ocupação de
leitos na rede pública estadual era de 37%, de um total de 2.023 vagas.
Nas UTIs, havia 992 unidades abertas e a taxa
de ocupação delas ficou em 43%. Nas enfermarias, eram 1.031 leitos e 31% deles
estavam com doentes.
Na rede particular, a taxa global de ocupação
de leitos ficou em 30%, de um total de 238 vagas abertas.
Nas UTIs privadas, eram 148 vagas e 43% delas
estavam com pacientes de Covid. Nas enfermarias, havia 92 vagas e 9% delas
tinham doentes.
Testes
Desde março de 2020, Pernambuco realizou
3.767.856 testes para detectar Covid.
Mais vacinas
Nesta quarta, o estado
recebeu a 10º remessa de vacinas da Janssen. As 165.200 doses contra a Covid-19
seguiram para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE). Elas serão
enviadas aos municípios do estado.
As vacinas devem ser utilizadas para
aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 65 anos.
Nesse público, a 4ª dose deve ser aplicada
passados 4 meses do primeiro reforço. Em Pernambuco, a população estimada é de
872.823 pessoas.
Do início da campanha, em 18 de janeiro de
2021, até o momento, Pernambuco recebeu 21.304.493 doses de vacinas contra a
Covid-19.