Estudantes
passaram mal, nesta quarta (30), depois de comer a merenda, na Escola Técnica
Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Ao
todo, 60 alunos tiveram problemas de saúde por causa da intoxicação alimentar,
de acordo com o governo estadual.
Os alunos
com sintomas de intoxicação mais fortes foram socorridos, segundo o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Onze deles seguiram para o Hospital Mendo
Sampaio, no Cabo. Segundo a unidade, todos foram liberados até o início da
noite.
Imagens
enviadas mostram jovens de 16 a 18 anos sendo amparados na área interna da
escola. Também é possível acompanhar uma estudante deitada em uma maca.
A escola tem
490 alunos e a merenda é elaborada e entregue por uma empresa terceirizada. O
nome da fornecedora de alimentos é General Goods, segundo a Secretaria Estadual
de Educação.
Em
entrevista, por telefone, a mãe de um aluno de 16 anos, que preferiu não ser
identificada, afirmou que os alunos da escola passaram momentos difíceis depois
do almoço, servido por volta do meio-dia.
O prato que
provocou a intoxicação alimentar foi um estrogonofe de frango. “Os meninos
disseram que a galinha parecia que tinha areia dentro. O feijão estava com
cheiro e gosto ruins”, afirmou a mulher, a partir do relato do filho.
Ainda
segundo ela, os alunos começaram a passar mal depois das 13h. “Eles começaram a
ir ao banheiro. Meu filho disse que comeu pouco e, por isso, não teve nada,
graças a Deus”, acrescentou.
A mãe do
estudante disse que os jovens têm relatado, há algum tempo, os problemas na
comida servida na escola técnica. “Não é de hoje que existe comida ruim lá. E
ninguém fez nada sobre isso”, afirmou.
Mesmo com os
colegas passando mal, os estudantes que não tiveram sintomas foram obrigados a
ficar na escola.
“Eles só
liberaram os meninos às 16h. Quero saber quem teve condições de estudar depois
de tudo isso. Meu filho disse que nunca mais vai comer na escola”, declarou a
mãe.
Resposta
Por meio de
nota, a Secretaria de Educação e Esportes informou que “prestou os primeiros
socorros aos jovens, acionou o Samu e entrou em contato com os pais e
responsáveis”.
Os
estudantes que se sentiram mal foram liberados após autorização médica e com a
presença dos pais ou responsáveis, de acordo com o estado.
Ainda
segundo a nota, a Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul também
encaminhou uma equipe de nutricionistas até o local para fazer a avaliação com
os estudantes e coletar as amostras da refeição para análise laboratorial.
“Todos os
pontos precisam ser analisados com precisão antes de qualquer conclusão”,
afirmou o comunicado.
Por fim, a
secretaria disse que a alimentação escolar “passa por uma avaliação nutricional
rigorosa antes de ser servida aos estudantes e a produção é diária”
Também informou que os alunos se submetem a
aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade.
