A
reavaliação sobre a retirada ou não das máscaras durante a pandemia de Covid-19
só acontece a partir do fim de março, segundo o secretário estadual de Saúde,
André Longo. Para o gestor, a discussão ainda é precoce, já que Pernambuco passa
por um período de natural sazonalidade das doenças respiratórias em geral.
A informação
foi divulgada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (15), no Recife, em que
foram anunciadas flexibilizações das medidas restritivas. Uma delas foi aumento
para 10 mil pessoas ou 70% do público em qualquer evento, bem como limite de
50% de pessoas em estádios de futebol.
"Não
parece razoável, nesse momento, a retirada da obrigatoriedade da máscara,
especialmente em locais fechados. Nesse momento, a gente acha importante também
manter, pelo menos até o final do mês, para a gente ter um espectro melhor de
observação", afirmou o secretário André Longo.
Pelo menos
15 capitais em todo o Brasil deixaram de exigir a obrigatoriedade de máscaras
em espaços abertos. Rio de Janeiro, Natal, Brasília, Florianópolis e Maceió já
não pedem uso da máscara nem mesmo em ambientes fechados.
"E se a
gente for pensar em tirar as máscaras, elas serão tiradas também com
embasamento científico. A gente sabe que isso poderá ser feito de forma evolutiva,
sem necessariamente você abolir de uma vez, como alguns fizeram", declarou
André Longo.
O secretário
de Saúde também disse que as decisões de flexibilização das medidas de combate
à Covid seguem instituições científicas. Especialistas recomendam, inclusive,
que alguns grupos de pessoas sigam usando a proteção mesmo em caso de
liberação.
"Estamos
seguindo as instituições científicas. Basicamente todas elas ainda recomendam a
manutenção das máscaras. Nós temos um profundo respeito pela história das
doenças respiratórias em Pernambuco, estamos num período de maior ocorrência
delas", disse o secretário.